As lâmpadas de LED esquentam, mito ou verdade?
Com o aumento das tarifas de energia elétrica, muitas pessoas optaram por trocar as lâmpadas tradicionais, como incandescentes, halógenas e fluorescentes, pelas econômicas lâmpadas de LED. Entretanto, é comum ouvirmos que elas não esquentam, você sabe se essa afirmação é mito ou verdade? No artigo de hoje, o Mundo da Elétrica irá desvendar esse mistério. Então, vamos lá pessoal!
O que é LED?
O LED (light-emitting diode) nada mais é que um diodo emissor de luz! O diodo, por sua vez, é composto por dois materiais semicondutores de tipos diferentes que, quando ligados, formam o que chamamos de junção P-N.
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Nessa junção é criada uma barreira que permite a circulação da corrente elétrica apenas em um sentido!
Quando ligado corretamente, os elétrons presentes no diodo conseguem ultrapassar a barreira da junção, passando do lado “N” para o lado “P” e criando uma corrente elétrica.
Durante essa passagem, os elétrons emitem energia em forma de luz, variando de acordo com o material semicondutor utilizado.
Muitos diodos emitem luz em uma faixa de frequência não visível, como infravermelho (IR), e alguns conseguem emitir luz visível, e são esses que chamamos de LED.
Existem diversos modelos de LED, entre eles podemos citar lâmpadas, plafons, placas e fitas, como pode ser visto na imagem abaixo.
O led esquenta?
Veja a imagem abaixo.
Se você está se perguntando se o LED esquenta, a resposta é sim!
Uma das muitas vantagens de usar lâmpadas de LED é o fato delas não aumentarem a temperatura do ambiente como acontece com as lâmpadas convencionais. Apesar de não trazerem a sensação de calor para os usuários, as lâmpadas LED esquentam sim, aumentando a temperatura de seu próprio corpo.
A luz emitida pelos LED’s é fria devido à ausência de infravermelho no feixe luminoso e, por isso, o calor liberado é resultado da dissipação de potência ocorrida durante o seu funcionamento. Para solucionar esse problema, as lâmpadas de LED possuem componentes de alumínio em sua composição para dissipar calor, chamados de dissipadores térmicos! Eles permitem que a temperatura das lâmpadas de LED esteja dentro dos limites especificados pelo fabricante.
A qualidade e a quantidade desse material na lâmpada é um dos fatores que irá determinar a maior ou menor durabilidade do produto, além disso, a temperatura dos LED’s depende principalmente do tamanho, da geometria e do material do dissipador!
Para retirar o calor do LED, é preciso conduzi-lo através do dissipador e radiá-lo para o ambiente. Para isso é necessário que ele seja fabricado a partir de um material de alta condutividade térmica, depois, ter uma grande área de superfície e grande emissividade para ocorrer uma transferência eficiente.
Para escolher o tipo de dissipador, alguns fatores são importantes, como: peso, custo, restrição de espaço e fabricação. Geralmente, usa-se alumínio moldado ou fundido para dissipadores, e o alumínio anodizado, já que ele tem uma emissividade maior que a do alumínio padrão.
Quanto maior a potência do LED melhor deve ser o dissipador devido à alta conversão de energia elétrica em térmica!
Mitos e verdades sobre os LED’s
O LED dura mais
Verdade! Se compararmos o LED com os modelos convencionais, uma lâmpada LED pode durar até 10x mais e, se utilizada de maneira correta, a vida útil do LED pode ultrapassar as 50 mil horas, enquanto uma lâmpada convencional não ultrapassa 30 mil horas.
A lâmpada de LED é mais cara que as convencionais
Verdade! Investir em LED é mais caro do que investir em lâmpadas convencionais, entretanto, a longo prazo pode gerar uma economia de até 85% nas contas de energia elétrica.
A iluminação em LED é mais fraca
Mito! Para saber qual LED ou lâmpada é mais forte, é preciso saber o nível de intensidade do fluxo luminoso de uma lâmpada e procurar em suas especificações quantos lúmens (lm) ela é capaz de reproduzir. Quanto maior for essa quantidade, maior será a quantidade de luz emitida!
Existem diversas luminárias de LED de 100 Watts que chegam a iluminar até duas vezes mais do que uma luminária convencional de 200 Watts, resultando em uma mesma emissão de luz que uma lâmpada comum com a metade da potência.
O LED pode ser descartado em lixo comum
Verdade! Os modelos de lâmpada convencionais possuem mercúrio, um metal extremamente poluente. Já as lâmpadas LED, não possuem nenhum tipo de metal poluente!
LED’s deixam as pessoas cegas
Mito! Para a luz do LED danificar as células da retina humana, seria necessário que elas ficassem submetidas a uma densidade de luz de 5W por cm², durante 12 horas. Esses valores equivalem a uma pessoa ficar durante 12 horas, olhando para uma lâmpada de 100W a uma distância aproximada de 10 centímetros. Nessa situação, qualquer tipo de luz danificaria a retina de qualquer pessoa!
LED também pode ser dimerizável
Verdade! Já estão disponíveis no mercado diversas lâmpadas LED que são dimerizáveis, então, se você tiver um interruptor adequado, é possível regular a quantidade de luz de acordo com a necessidade do ambiente.
LED é responsável pela poluição luminosa das cidades
Mito! A poluição luminosa é o excesso de luz artificial emitido pelos centros urbanos, ela pode ser emitida de diversas formas, como através de grandes anúncios publicitários, luzes externas nos edifícios e, principalmente, em iluminação pública.
Benefícios dos LED’S
- Maior vida útil
- Custos de manutenção reduzidos
- Eficiência
- Baixa tensão de operação
- Resistência a impactos e vibrações
- Controle dinâmico da cor
- Acionamento instantâneo
- Controle de Intensidade variável
- Cores vivas e saturadas sem filtros
- Luz direta
- Ecologicamente correto
- Ausência de ultravioleta
- Ausência de infravermelho
Se você gostou desse artigo e quer aprender mais sobre o LED, assista o vídeo abaixo do canal Mundo da Elétrica!
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Sobre o autor
Eletricista desde 2006, Henrique Mattede também é autor, professor, técnico em eletrotécnica e engenheiro eletricista em formação. É educador renomado na área de eletricidade e um dos precursores do ensino de eletricidade na internet brasileira. Já produziu mais de 1000 videoaulas no canal Mundo da Elétrica no Youtube, cursos profissionalizantes e centenas de artigos técnicos. O conteúdo produzido por Henrique é referência em escolas, faculdades e universidades e já recebeu mais de 120 milhões de acessos na internet.
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