Dá pra levar choque no minidisjuntor? TOP 5 perguntas sobre disjuntor!

Em Componentes elétricos por Henrique Mattede

É essencial que um profissional capacitado estude para se manter atualizado, visto que podemos esquecer algo que vimos há muito tempo, mesmo quando já conhecemos um assunto! Pensando nisso, separamos nesse artigo as principais dúvidas clássicas relacionadas ao disjuntor. Então, vamos lá pessoal!

É possível tomar choque no disjuntor?

Mesmo que os cabos e os barramentos estejam bem dimensionados e isolados, é possível tomar choque no disjuntor.

Leia também

O local mais crítico é nos parafusos de aperto dos bornes, pois ficam em contato direto com o cabo energizado.

Também é preciso ter cuidado com outras partes vivas do circuito, que são justamente os polos onde a conexão fica exposta.

O ideal é sempre trabalhar com o circuito desenergizado, mas isso nem sempre é possível na prática, principalmente em estabelecimentos comerciais e na indústria. Por isso, é bom ficar atento(a) a esses detalhes e usar as ferramentas com a isolação adequada!

Além do risco de choque elétrico, essas partes expostas aumentam as chances da ocorrência de um curto-circuito, inclusive por causa da sujeira em excesso.

Esses são alguns motivos que exigem a proteção plástica nas partes vivas para dificultar o acesso e evitar o toque acidental, tanto nos polos quanto nos parafusos.

Fora isso, o disjuntor deve estar bem seguro dentro do QDC, sendo fundamental o espelho e as tampas de proteção.

Qual o melhor disjuntor?

Para escolher um bom disjuntor, vários fatores devem ser levados em consideração. Confira abaixo os principais!

Certificações

Todos os disjuntores, sejam para uso industrial ou residencial, precisam seguir normas e padrões vigentes.

São esses órgãos certificadores que irão verificar se os componentes atendem às características exigidas, aprovando-os para uma comercialização segura.

Classificações de proteção

Alguns disjuntores podem oferecer mais proteção do que outros, sendo que as classificações vão da C1, que é a mais segura, até a C3, que tem a menor proteção.

Na imagem abaixo, vemos os disjuntores Tramontina da linha TDJ, que possuem classificação C1.

Principais dúvidas sobre disjuntor.

Disjuntores Tramontina da linha TDJ.

Corrente de curto-circuito

Outro ponto importante é a corrente de curto-circuito do disjuntor. Esse fator deve ser avaliado ao realizar o projeto da instalação, já que um mesmo disjuntor pode possuir diferentes correntes de curto-circuito para diferentes tensões elétricas.

Além disso, quanto maior a corrente nominal, mais robusto e maiores os polos do disjuntor!

O que define qual a corrente nominal, a classificação de proteção e a certificação ideais é a aplicação de cada disjuntor!

Como saber se o disjuntor está ligado ou desligado?

Para saber se o disjuntor está ligado ou desligado tem duas formas. Na primeira, precisamos levar em conta a posição correta do disjuntor, que não pode estar de cabeça para baixo!

Nessa situação, quando a chavinha estiver para cima, vai estar ligado e, quando ela estiver para baixo, desligado.

A segunda forma é através da sinalização no disjuntor, seja na chave ou no seu corpo.

Há alguns tipos que, quando a chavinha estiver para cima, vai estar escrito ON e, quando ela estiver para baixo, estará OFF.

Também é possível identificar no corpo dos disjuntores! Um exemplo é através de símbolos, nos quais o tracinho significa ligado e a bolinha significa desligado.

Entretanto, isso varia de fabricante para fabricante e, por isso, é essencial consultar o manual do dispositivo!

Em alguns modelos de disjuntores, como é o caso dos minidisjuntores da Tramontina, existe uma janela de inspeção que fica quase no meio das informações e serve para indicar o estado do disjuntor!

Nessa janela, quando a cor for verde, é sinal que está desligado e, quando for vermelha, é porque está ligado.

É utilizado esse padrão de cores para associar que, quando o disjuntor estiver verde, é seguro realizar manutenções.

Já, quando estiver vermelho, pode-se associar que o circuito oferece risco durante a manutenção, justamente porque o disjuntor está ligado!

É possível consertar um disjuntor?

Os modelos mais robustos e com diversos acessórios normalmente são mais complexos e possuem aplicações específicas. Por esses motivos, para realizar manutenções é necessário que sejam submetidos aos ensaios em laboratório, já que podem possuir peças que precisam ser trocadas e reguladas!

Já o minidisjuntor e o de caixa moldada são diferentes, pois não é possível fazer a manutenção neles. Uma vez que eles possuem peças fixadas internamente no corpo e, caso alguma peça interna seja trocada, é necessário fazer os ensaios, sem contar que não encontramos facilmente no mercado as peças de reposição.

O minidisjuntor tem polaridade?

A polaridade de um disjuntor está relacionada aos polos positivo e negativo. Só que como estamos falando de minidisjuntor para circuito de corrente alternada, os polos ficam alternando e, por isso, não existem polos definidos!

Contudo, algumas pessoas também usam o termo polaridade para se referir ao lado que a fase deve entrar no disjuntor.

Em geral, os eletricistas alimentam o disjuntor por cima para a maior parte do circuito interno não ficar energizado. Porém, de acordo com as normas que padronizam os disjuntores não existe polaridade!

De acordo com a Tramontina, todos os seus minidisjuntores podem ser alimentados tanto por cima quanto por baixo!

No catálogo da Tramontina, você tem acesso às informações sobre diversos disjuntores de ótima qualidade!

Recomendamos que assista o vídeo abaixo para aprender ainda mais sobre os disjuntores!

Compartilhe esse artigo com os seus amigos e ajude a espalhar informações. Caso tenha outras dúvidas ou sugestões, deixe abaixo nos comentários e te responderemos!

Sobre o autor

Autor Henrique Mattede

Eletricista desde 2006, Henrique Mattede também é autor, professor, técnico em eletrotécnica e engenheiro eletricista em formação. É educador renomado na área de eletricidade e um dos precursores do ensino de eletricidade na internet brasileira. Já produziu mais de 1000 videoaulas no canal Mundo da Elétrica no Youtube, cursos profissionalizantes e centenas de artigos técnicos. O conteúdo produzido por Henrique é referência em escolas, faculdades e universidades e já recebeu mais de 120 milhões de acessos na internet.

Aviso legal

Todas as informações obtidas neste site e páginas de redes sociais relacionadas a ele são apenas de caráter INFORMATIVO. O Mundo da Elétrica NÃO se responsabiliza por nenhum dano ou prejuízo causado pela execução de ações relacionadas ou não ao conteúdo descrito aqui. Procure sempre um profissional qualificado, sigas as normas e utilize os equipamentos de proteção para qualquer trabalho que envolva eletricidade.

Deixe um comentário